SP: fechamento de turmas dificulta retorno de adultos à educação

Nos últimos 4 anos, mais de 300 turmas foram fechadas

 

Jovens e Adultos em SP estão com dificuldade ao retorno as salas de aula EJA. A modalidade  é fundamental para possibilitar a continuidade dos estudos, especialmente para quem precisou deixar a escola. O tema está em debate na Câmara de Vereadores do município a partir de levantamento, apresentado pelo vereador Carlos Celso Gianazzi, que mostra que, nos últimos 4  anos, mais de 300 turmas foram fechadas. Com a redução da oferta de locais, chegar até a escola se soma ao desafio de seguir com a formação educacional.

O encerramento de turmas representa um obstáculo para o retorno de adultos à educação: o desafio enfrentado por Ducenizia Santana dos Santos”.

 

Numa rotina corrida, Ducenizia Santana dos Santos prepara-se para mais um dia de aula no ensino médio. São raros os dias em que ela consegue passar em casa, depois do trabalho, para ver as filhas antes de seguir para a escola, onde fica até as 23h. Trabalhadora doméstica, aos 33 anos ela decidiu voltar a estudar depois de 14 anos distante da sala de aula.

“Eu me levanto às 6h da manhã porque as minhas filhas entram às 7h na escola. Eu levanto, faço o café, faço lanche pra elas. ‘Vamos, vamos que estão atrasadas!’. Aí, depois, faço uma coisa, outra coisa, quando penso que não, já acabou o tempo e eu tenho que correr para o serviço. Sendo assim, no decorrer do dia sempre tem alguma coisa a mais pra gente fazer. Então decido ir pra escola direto”, conta.

“Restrição de transporte público obriga estudante a se deslocar a pé até a escola, mesmo residindo na maior cidade do Brasil, São Paulo”.

 

Depois de um dia inteiro de trabalho, os desafios para Ducenizia continuam, antes mesmo de chegar à sala de aula. Da casa dela até a escola são 30 minutos de caminhada. Percurso que ainda precisa fazer a pé, mesmo morando na maior cidade do país. Por isso, uma oferta de ônibus limitada pode dificultar o acesso a determinados locais, como destacado no texto. Se esperar, ela chega atrasada. São mais de 2 quilômetros caminhando, mesmo com escolas do lado de casa.

“Com todo esse material [da audiência], a gente vai encaminhar depois as ações, os encaminhamentos irão para o Tribunal de Contas do Município, para o Ministério Público, pra gente ter uma ação concreta e evitar esse desmonte da EJA na cidade de São Paulo”, declarou.

Política de bolsa EJA vai dar garantia á aqueles estudantes na vulnerabilidade, ao retorno a educação

Por conseguinte, com a implementação de uma política de bolsa EJA, será possível fornecer garantias efetivas para que estudantes em situação de vulnerabilidade tenham condições de retornar ao estudo, à educação e à escola, conforme destacado pela deputada federal Luciene Cavalcante.

André Sapanos, professor do EJA e especialista em direitos humanos, explica que esses problemas prejudicam o aprendizado na sala de aula. “Os estados, em todo o território nacional, têm feito polos de EJA. E esses pólos normalmente ficam distantes das casas dos estudantes.

Como, a distância da escola em relação ao local de trabalho ou residência pode dificultar o acesso à escola.

Conclusão: Secretaria da Educação disse que demanda caiu depois da pandemia, com a obrigatoriedade de estudos a partir de 4 anos de idade, com isso reduziu os locais dos adultos no EJA.

 

Sendo assim, a prefeitura espera que a obrigatoriedade de estudos a partir dos 4 anos de idade diminua a demanda por matrículas e turmas de adultos na modalidade de EJA, já que os estudantes se formarão na idade recomendada. O órgão disse ainda que atende a toda a demanda de matrículas para essa modalidade de ensino.

Fonte:https://agenciabrasil.ebc.com.br/

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